Em busca de qualidade de vida, segurança, igualdade social, serviços públicos de qualidade, aprender outra língua, qualificação profissional, entre vários outros fatores, existem milhões de imigrantes brasileiros na Europa atualmente. Neste artigo, vamos mostrar os dados atuais sobre imigrantes brasileiros na Europa e contar um pouco sobre este cenário.
Quanto são os imigrantes brasileiros na Europa?
Encontrar um número real de imigrantes brasileiros na Europa não é uma missão fácil. Isso porque esse número sempre será uma estimativa e não dados concretos.
A realidade é que existem muitos brasileiros na que vivem ilegalmente na Europa e os números apresentados nas pesquisas levam em conta apenas aqueles que vivem legalmente no continente.
Em um levantamento feito pelo Ministério das Relações Exteriores em 2020, constatou-se que existem mais de 4,2 milhões de brasileiros vivendo no exterior. O que representa um aumento de mais de 600 mil pessoas em comparação ao último levantamento feito em 2018.
O número de imigrantes brasileiros na Europa em 2020 foi de mais de 1,3 milhões de pessoas. Ou seja, cerca de 30% dos brasileiros que vivem no exterior estão na Europa.
O levantamento ressalta que trabalha com números referentes a 2020 e que “não conta com dados sobre os brasileiros indocumentados no exterior”.
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De acordo com dados do Itamaraty, o número de brasileiros no exterior cresceu 35% entre 2010 e 2020, passando de 3,1 milhões para 4,2 milhões brasileiros vivendo no exterior.
Este número nunca foi tão grande e a quantidade de brasileiros vivendo pelo mundo pode ser mais do que o dobro que aparece nos levantamentos oficiais, segundo especialistas.
Veja a seguir, os números das pesquisas realizadas na última década:
Comunidade Brasileira no Exterior
Ano Número de brasileiros no exterior
2009 3.180.074
2010 3.122.813
2012 1.898.762
2013 2.801.249
2014 3.105.922
2015 2.722.316
2016 3.083.255
2018 3.590.022
2020 4.215.800
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Os imigrantes brasileiros pelo mundo
A maior parte dos imigrantes brasileiros estão concentrados na América do Norte e na Europa.
Mas e nos outros continentes? Quantos vivem em cada um deles? Veja a seguir os números de imigrantes brasileiros pelo mundo por continente.
Continente Número de brasileiros
América Central e Caribe 9.681
América do Norte 1.941.950
América do Sul 589.737
Europa 1.300.525
África 26.506
Oriente Médio 56.264
Ásia 227.864
Oceania 63.273
10 maiores comunidades brasileiras na Europa
Confira a seguir, quais são as 10 maiores comunidades brasileiras na Europa e quantos brasileiros vivem em cada um dos países, segundo o Ministério das Relações Exteriores:
Portugal: 276.200 imigrantes brasileiros;
Reino Unido: 220 mil imigrantes brasileiros;
Itália: 161 mil imigrantes brasileiros;
Espanha: 157.439 imigrantes brasileiros;
Alemanha: 144.120 imigrantes brasileiros;
França: 81.400 imigrantes brasileiros;
Suíça: 75.800 imigrantes brasileiros;
Países Baixos: 32.256 imigrantes brasileiros.
A presença de imigrantes ilegais ainda é grande
Como já falamos antes, calcular o número de imigrantes brasileiros na Europa e no mundo é uma missão muito difícil, já que grande parte deles vive de forma ilegal nos países.
Os dados oficiais mostram a quantidade de pessoas que declaram saída definitiva, cadastros de eleitores nos consulados brasileiros no exterior e transferências de executivos expatriados.
Porém, especialistas acreditam que esse número deve ser muito maior. O consulado brasileiro de Zurique na Suíça, por exemplo, usa uma regra de três para contabilizar a comunidade brasileira.
Na linha superior está o número de passaportes emitidos por consulados na Suíça relacionado ao número de brasileiros no país que possui registros de residentes estrangeiros. Já na linha inferior, está o número de passaportes emitidos na jurisdição do consulado relacionado a “x”.
A partir desta conta, a conclusão é que o número de brasileiros seria quatro vezes maior do que a estimativa oficial Suíça. Desta forma, o número real seria de 88 mil brasileiros vivendo na Suíça, em vez dos 22.096 brasileiros contabilizados pela Secretaria Federal de Migração helvética.
O fato é que qualquer estimativa conclui que o número de imigrantes brasileiros na Europa vem aumentando. De acordo com o Eurostat, foram registrados 16,8% mais brasileiros em 2020 do que em 2019 vivendo no velho continente.
Qual a diferença entre imigrante irregular e ilegal?
Embora não haja dados oficiais de quantos brasileiros vivem irregularmente ou ilegalmente em outros países, acredita-se que seja um contingente considerável. Em Londres, por exemplo, estima-se que o total de irregulares e ilegais se iguale ao de imigrantes legais.
Porém, é importante diferenciar o que é estar ilegal e o que é estar irregular. Os ilegais entram no país sem notificar sua chegada, não passam pela alfândega, não se hospedam em hotéis ou apartamentos alugados e decidem ficar no país sem visto. Neste caso, o governo do país nem tem conhecimento que eles estão ali.
Enquanto os irregulares, são aqueles com o visto vencido, que postergam a renovação por não terem a documentação necessária ou justificativa para permanecer no país. Também são aqueles que chegam com visto de turista e acabam ficando.
Esta última situação é muito recorrente na Europa. As pessoas chegam no continente com a autorização para permanecerem por 90 dias sem visto, gostam do que veem e decidem ficar. Muitas vezes são incentivadas por amigos e outros brasileiros que fizeram o mesmo e garantem que fica tudo bem, mas pode não ser bem assim.
Vale a pena ser um imigrante ilegal na Europa?
Não, definitivamente não vale a pena morar ilegalmente na Europa.
A melhor forma de migrar para outro país é através de vias legais, com deveres cumpridos e direitos garantidos. Durante a pandemia do Covid-19, ficou bem claro o quanto ser um imigrante ilegal ou irregular pode ser prejudicial.
Além de não ter acesso aos direitos de um cidadão legal, os irregulares e ilegais acabam tendo que se submeter a subempregos, sendo pior remunerados e desempenhando apenas funções que não são desejadas pelos nativos. Ademais, podem ser alvos de golpes e não serem protegidos pela lei. Como não são registrados, muitos trabalhadores ilegais não chegam nem a receber o salário e não têm a quem recorrer e exigir os seus direitos.
Além de todos esses fatores, quem mora irregularmente em outro país está sempre correndo o risco de ser deportado, não pode aproveitar uma das melhores coisas de morar na Europa que é viajar, não consegue empregos formais e nem se matricular em cursos. Portanto, não vale mesmo a pena mudar de país para viver à margem da sociedade.
Qual o perfil dos imigrantes brasileiros na Europa?
Por muito tempo, quem deixava o Brasil era na grande maioria solteiros em busca de oportunidades. Atualmente, famílias inteiras, profissionais com alta qualificação e acadêmicos são grande parte dos imigrantes brasileiros na Europa.
Também houve uma mudança das classes sociais que saem do Brasil. Nos anos 1980, era basicamente a classe média que partia, hoje a classe média baixa busca oportunidades em outros países e também há a migração da classe média alta, que faz investimentos no exterior.
Fatores como violência, instabilidade política, crise econômica e baixa qualidade de vida estão entre as principais motivações para os brasileiros saírem do país.
A pandemia afetou os imigrantes brasileiros na Europa?
A pandemia da Covid-19 na Europa afetou muitos brasileiros que moram na Europa, especialmente por causa das demissões em massa. Mas, afetou especialmente aqueles que vivem de forma irregular ou ilegal.
Pessoas que estão nessa situação não têm acesso à rede pública de saúde e se viram em uma situação crítica caso contraíssem o vírus e precisassem de atendimento hospitalar. Caso isso ocorresse, a única opção era um atendimento particular, que pode ser bem caro.
Com a pandemia, os subempregados também foram os primeiros a serem dispensados, que são as posições ocupadas por grande parte dos imigrantes irregulares. Além de ficar sem emprego, eles não tiveram direito ao auxílio dos governos. Afinal, para os governos eles não estão no país.
O fato é que os imigrantes ilegais ou irregulares ficam ainda mais susceptíveis em momentos de crise e podem ter que enfrentar dificuldades reais para se sustentar, o que foi o caso de muitos durante a pandemia.
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