Morar na Europa, mas trabalhar para o Brasil é a realidade de muitos profissionais liberais no exterior. Embora seja uma oportunidade única de se desenvolver profissionalmente, é preciso lidar com uma série de desafios para conseguir ter êxito com esse tipo de trabalho.
Confira neste artigo quais são as principais vantagens e desvantagens de prestar serviços para o Brasil morando na Europa. Assim como as principais formas de legalização, impostos cobrados e se vale a pena.

É possível morar na Europa, mas trabalhar para o Brasil?

Sim, é possível morar na Europa, mas trabalhar para o Brasil. Aliás, essa é a realidade de muitos profissionais autônomos que vivem no exterior e prestam serviços para empresas brasileiras, por exemplo. E claro que não podemos deixar de mencionar os profissionais que estão em missão diplomática ou são pesquisadores.
No entanto, para fazer essa grande mudança é necessário muito planejamento. Os interessados precisam ter um bom plano de negócios, solicitar autorização para morar na Europa e criar estratégias para cobrar preços justos que equiparem o custo de vida na Europa com o do Brasil.

Prós e contras de morar na Europa trabalhando para o Brasil

Sem dúvida, morar na Europa mas trabalhar para o Brasil é uma experiência única. No entanto, apesar de ser uma oportunidade vantajosa, isso exige que os profissionais lidem com vários tipos de desafios. Por isso, é importante pesar os prós e contras antes de prestar serviços no exterior para o Brasil. Veja só.

Vantagens

  • Acesso a recursos e tecnologias mais avançadas na Europa;
  • Qualidade de vida dos países europeus;
  • Possibilidade de criar um networking internacional;
  • Experiência internacional no currículo.

Desvantagens

Como lidar com o câmbio e a desvalorização do real

Equilibrar o custo de vida na Europa e a desvalorização do real é, certamente, um dos maiores desafios de morar na Europa mas trabalhar para o Brasil. Isso acontece porque, se você tem clientes no Brasil, precisa converter o valor do serviço até 7 vezes mais para conseguir equiparar o euro com o real, por exemplo.
Outra dica para lidar com as oscilações do câmbio e os custos para receber pagamentos do exterior é usar plataformas online. Essas empresas prestam o serviço de envio de remessas por um custo baixo e usando o câmbio comercial, com menos despesas bancárias.

Melhores plataformas para enviar dinheiro do Brasil para a Europa

Para morar na Europa mas trabalhar para o Brasil, é importante conhecer quais são as melhores plataformas para enviar e receber dinheiro no exterior. Até alguns anos atrás, existiam poucas alternativas para fazer esse tipo de transação, sendo os bancos a mais comum.
Contudo, agora existem maneiras mais econômicas para enviar dinheiro para o exterior por meio das plataformas online. Elas são alternativas seguras, práticas e econômicas que os bancos tradicionais ou correios. Diante disso, existem plataformas online que se destacam por oferecerem as melhores vantagens. São elas:

Wise

A Wise é uma excelente alternativa para quem vai morar na Europa mas trabalha para o Brasil. Embora não seja uma instituição financeira brasileira, ela tem autorização da Financial Conduct Authority (FCA) do Reino Unido. A empresa possui 13 escritórios espalhados pelo mundo, tem mais de 7 milhões de clientes e movimenta mais de 5 bilhões de euros.
O principal diferencial da Wise é a sua conta digital. Por meio dela, o usuário pode depositar dinheiro para si mesmo e utilizá-lo com seu cartão de débito nos países onde a plataforma opera.

Remessa Online

A Remessa Online é a primeira plataforma independente e credenciada pelo Banco Central do Brasil. Também é a maneira mais econômica de enviar dinheiro para fora do país. O custo da transação é bastante econômico e o beneficiário não paga tarifas extras para receber dinheiro na Europa.
Essa plataforma é indicada por empresas, famílias, investidores, estudantes e freelancers de todo o mundo. A Remessa Online tem uma carteira de clientes com mais de 70 mil usuários que fazem remessas de dinheiro com frequência para o exterior.

Comprar euro mais barato?

A melhor forma de garantir a moeda europeia é através de um cartão de débito internacional. Recomendamos o Cartão da Wise, ele é multimoeda, tem o melhor câmbio e você pode utilizá-lo para compras e transferências pelo mundo. Não perca dinheiro com taxas, economize com a Wise.

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Western Union

A Western Union é uma instituição financeira com vasta experiência no mercado de envio de dinheiro para o exterior. Por isso, é uma das alternativas mais utilizadas por viajantes para transferência de montantes entre países.
No Brasil, a instituição opera pelo Bradesco e Banco do Brasil. As principais desvantagens dessa instituição são as altas taxas e o valor máximo de envio, que podem ser baixos em alguns países.
Enviar dinheiro para Europa

Morar na Europa não é só para quem é rico: confira.

Como se legalizar na Europa?

Para morar na Europa é necessário ter um visto de permanência ou cidadania europeia. Confira a seguir como solicitar esses dois tipos de autorizações.

Com cidadania europeia

Ao obter a cidadania europeia você pode morar, estudar ou trabalhar em qualquer país europeu sem precisar lidar com a imigração. Se contar que, como um cidadão europeu, você tem direito a usufruir dos benefícios de qualquer outro cidadão como utilizar o sistema de saúde praticamente de graça.
Outra vantagem interessante é não precisar de visto para entrar nos países da Europa ou nos Estados Unidos. Certamente um ponto positivo bem favorável para quem quer aproveitar a estadia e visitar outros países sem precisar enfrentar a burocracia da imigração.

Confira também: como morar na Europa com cidadania portuguesa.

Tipos de vistos que podem ser aplicados

Os viajantes que planejam passar um período de até 90 dias na Europa não precisam de visto de entrada. No entanto, quem for realizar um curso, residir, trabalhar ou ficar mais tempo em um país europeu, precisará de um visto para a Europa.
Existem diversos tipos de vistos para os viajantes, confira os principais:

  • Estudo;
  • Turismo;
  • Investimento;
  • Empreendedorismo;
  • Europeu permanente.

Para morar na Europa, mas trabalhar para o Brasil é importante conferir as regras dos vistos que deseja solicitar no país de destino. Para tanto, acesse o site da imigração e agende uma entrevista no consulado.
Caso você decida prestar serviços como autônomo, o ideal é solicitar um visto para nômades e de empreendedorismo. Países como Portugal, Espanha e Itália oferecem esse tipo de autorização e um dos principais requisitos é ter um plano de negócios e um investimento inicial para abrir a sua empresa.
Vale lembrar que, a partir de 2025, os viajantes terão que apresentar o ETIAS à autoridade de imigração. Essa é uma autorização de viagem que deverá ser feita online pelo turista em viagem à Europa. A princípio, o ETIAS seria obrigatório a partir de 2021. No entanto, por questões de adaptação das fronteiras, essa obrigatoriedade foi adiada.

Na Espanha também é possível solicitar o visto para nômades digitais. Confira mais detalhes no artigo.

Como funcionam os impostos para quem trabalha no Brasil e vive fora?

Por lei, os brasileiros que residem fora do país há mais de 12 meses precisam emitir a Declaração de Saída Definitiva do País. De forma simples, essa obrigação tributária representa o último imposto de renda que o beneficiário precisa declarar no Brasil.
Dessa forma, os residentes de outros países estão livres da bitributação. Ou seja, não precisam pagar impostos no Brasil, apenas no país onde moram no exterior. Por esse motivo, é tão importante fazer a Declaração de Saída Definitiva do País.
Ao emitir essa declaração, os residentes contribuem com os impostos do país onde moram. Os tributos e tarifas variam de acordo com cada país e atividade profissional. Em Portugal, por exemplo, os freelancers precisam arcar com os seguintes impostos:

  • IRS: o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) é um tributo anual. Nele devem ser declaradas as despesas necessárias para a atividade profissional;
  • IVA: o Imposto sobre Valor Acrescentado é cobrado para pessoas com rendimento acima de 10 mil euros e pode chegar a 23% dos ganhos;
  • Segurança Social: esse imposto é similar ao FGTS brasileiro e os freelancers precisam fazer contribuições mensais para assegurar o direito a segurança social.

Saiba como é morar em Portugal e trabalhar no Brasil.

Vale a pena morar na Europa, mas trabalhar para o Brasil? Minha experiência

Eu moro na Inglaterra desde 2018 e trabalho como jornalista freelancer para alguns clientes no Brasil. Particularmente, acredito que apesar da desvantagem de receber em Reais e viver em libra, as vantagens são mais atraentes do que esse ponto negativo. Com uma boa organização financeira, no entanto, é possível viver bem e ainda prestar serviço para o Brasil.
Sem contar que as empresas no Brasil valorizam a minha experiência internacional e, claro, minha habilidade de trabalhar em inglês sempre que necessário.
Então, gostou das nossas dicas? Você vai gostar também de conhecer o nosso Ebook Sonho de Viver na Europa. Um livro de inspiração que conta a história de brasileiros no Velho Continente, a parte boa e ruim de ser um imigrante na Europa!