A Itália é conhecida pelas excelentes universidades, com títulos que fazem a diferença nas disputas por vagas de emprego. Para descobrir como estudar na Itália, garantindo destaque no mercado internacional, confira as dicas deste artigo. Mas antes, começaremos por responder de maneira objetiva à três perguntas.

Perguntas Respostas
Quanto custa estudar na Itália? Depende. Os cursos de bacharelado variam entre 400€ e 4.000€ anuais nas universidades públicas, e de 6.000€ a 20.000€ nas privadas.
Como estudar de graça na Itália? O Governo Italiano oferece bolsas de estudo que isentam o pagamento do curso, e algumas oferecem até ajuda de custo.
Como estudar na Itália com Enem? O ensino superior italiano não reconhece a pontuação do Enem em seu processo de admissão.

Como estudar na Itália?

Primeiramente, existem dois caminhos para o ensino superior italiano: ingressar como cidadão estrangeiro ou cidadão europeu.

Se você tem direito à cidadania italiana ou é cidadão de qualquer outro país da União Europeia, saiba que é ainda mais fácil!

Para todos os candidatos, o primeiro passo para estudar na Itália é ficar atento ao calendário das universidades e prazos de inscrição. As datas são disponibilizadas nos sites de cada instituição, mas, como regra geral, o ano acadêmico começa em meados de setembro/início de outubro.

Procedimento para alunos estrangeiros

Para estrangeiros, o processo de inscrição em faculdades italianas é um pouco mais demorado. Por isso, é recomendado planejar sua mudança com, no mínimo, um ano de antecedência.

1. Escolha a universidade e curso

O primeiro passo para estudar na Itália é decidir o curso. O currículo de graduação italiano é classificado como:

  • Laurea Triennale: o equivalente ao diploma de Bacharel no Brasil, com duração de três anos;
  • Laurea Magistrale a ciclo unico: um curso que inclui uma especialização, além da Laurea Triennale, e possui duração de 5 anos. É o caso dos cursos de Medicina, Direito e Farmácia.

Além destes cursos, as universidades italianas também oferecem cursos de Mestrado e Pós-Graduação, com duração média de dois anos, e programas específicos de Doutorados e Programas de Pesquisa, com duração variável.

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Ao escolher a universidade, é importante saber que algumas instituições são reconhecidas em todo o mundo, como os cursos de Design, Arquitetura e Engenharia do Politecnico di Milano.

Além da qualidade de ensino, deve-se considerar o custo de vida da cidade escolhida. Nos casos das universidades que ficam nos grandes centros, como Roma e Milão, uma opção mais barata é morar em cidades-satélites, com fácil acesso ao transporte público.

Para entendermos um pouco mais sobre como funciona a escolha de um curso na Itália, conversamos com a Pietra Pepeliascov, que está fazendo graduação em Global Law and Transnational Legal Studies, em Turim.

Pietra Pepeliascov em museu italiano
Segundo Pietra, estudar na Itália é uma oportunidade enriquecedora. Foto: Pietra Pepeliascov

A Pietra nos contou que começou a pesquisar os cursos e universidades assim que tomou a decisão de que queria estudar na Itália. Ela conta:

“Uma ferramenta muito importante nesse processo foi o site do Universitaly, que é um filtro oficial de cursos e universidades públicas e particulares na Itália, que me ajudou muito a filtrar o curso que mais se encaixava no meu perfil.” diz.

2. Providencie a documentação necessária

Após escolher seu curso e universidade na Itália, é importante acessar o site oficial da instituição de ensino, para conferir os documentos que deverão ser apresentados. Como regra geral, as universidades italianas pedem:

  • Histórico escolar do Ensino Fundamental;
  • Certificado de conclusão do Ensino Fundamental;
  • Histórico escolar do Ensino Médio;
  • Certificado de conclusão do Ensino médio.

Para cursos de pós-graduação, os certificados de conclusão da graduação e histórico escolar também devem ser apresentados, com um pedido de equivalência de disciplinas parecido com o que existe no Brasil.

Todos os documentos devem estar devidamente traduzidos para o italiano e apostilados, um processo que pode ser feito por tradutores juramentados.

Com todos os documentos e traduções em mãos, será necessário agendar uma data para ir até um dos Consulados italianos no Brasil e solicitar a Declaração de Valor in Loco, um documento que certifica a autenticidade dos seus títulos obtidos no Brasil.

No meu caso (Giovanna), organizar a documentação para estudar na Itália foi a parte mais complexa do processo. A Pietra também concorda que garantir todos os documentos e certificados para conseguir fazer a Declaração de Valor a tempo foi a parte mais difícil e, ainda, a mais cara: ela conta que gastou uma quantia alta com a emissão, tradução e apostilamento dos documentos.

Atenção: uma exigência das faculdades italianas é ter feito, no mínimo, 12 anos de escola regular. Caso você tenha feito menos de 12 anos entre o Ensino Fundamental e Médio, é recomendado apostilar também conclusão da pré-escola ou o primeiro ano de faculdade. Outra alternativa é apresentar a aprovação em uma universidade brasileira.

3. Faça a inscrição no curso universitário

O período de inscrição para alunos estrangeiros, muitas vezes, é separado da inscrição dos alunos cidadãos. Por isso, fique de olho no calendário de cada instituição de ensino!

É comum que as universidades aceitem inscrições a partir de março ou abril, mas as datas variam.

4. Dê entrada no visto de estudante no Consulado Italiano

Agora, você já pode pedir seu visto de estudante para Itália!

Uma das exigências do visto de estudante, emitido pelo governo italiano, é a inscrição em uma instituição de ensino. Por isso, consulte o Consulado Italiano no Brasil mais próximo de sua cidade, com o comprovante em mãos.

Assista também ao vídeo do canal da Verinha Simões em que ela resume todos os detalhes do processo para estudar no país:

Procedimento para alunos europeus

Para os brasileiros que possuem a cidadania italiana ou europeia, estudar na Itália é um processo bastante simples. Como cidadão italiano ou europeu com residência na Itália, você tem os mesmos direitos que aqueles que nasceram no continente.

Dessa forma, você não precisa se preocupar com vistos, obrigatórios para estudantes estrangeiros. No entanto, caso você tenha completado seus estudos no Brasil ou em qualquer outro país, é importante ficar atento à validação diplomas na Itália e a tradução deles.

Frequência não obrigatória às aulas e provas orais

Nas universidades italianas não é obrigatório frequentar as aulas, por mais estranho que possa parecer. Inclusive, os programas das disciplinas são adaptados para estudantes que assistem às aulas presencialmente ou não. Quem não assiste, costuma ter uma exigência de leitura bem maior.

Além disso, a regra geral de avaliação nas universidades italianas é a prova oral, que é bem mais comum do que a avaliação escrita (que também existe). Se for reprovado ou não ficar satisfeito com a nota, o estudante tem direito a repetir a prova várias vezes. Na Universidade de Pádua, por exemplo, os alunos têm direito a seis tentativas!

Tipos de cursos para estudar na Itália

Existem diversas alternativas para quem quer estudar na Itália. A melhor opção de curso para você irá depender da sua situação acadêmica, orçamento, objetivos pessoais, etc.

Vamos conhecer, a seguir, os principais tipos de cursos para estudar no país.

Graduação

A graduação (laurea triennale, em italiano) é uma opção cada vez mais buscada por estudantes estrangeiros que pensam em estudar na Itália. Com o objetivo de internacionalizar as universidades italianas, os processos de admissão foram simplificados para os estudantes que vêm de fora e a oferta de cursos em inglês também aumentou nos últimos anos.

Pós-graduação

A Itália possui três principais cursos de pós-graduação: Laurea magistrale, Master di I livello/ II livello e doutorado.

A principal diferença entre a laurea magistrale e os Master di I livello e Master di II livello é que a magistrale é mais teórica e não oferece tantas oportunidades práticas para o aluno. Os Masters, por sua vez, são voltados para o mercado de trabalho e equivalem aos cursos lato sensu do Brasil. Normalmente, eles possuem duração de um ano.

Estudar na Itália é uma experiência incrível!
Muitos estudantes optam pela laurea magistrale para continuar os estudos após a graduação.

Para quem quer fazer pós-graduação na Itália, outra opção são os cursos de doutorado. Chamados de dottorati di ricerca, esses programas são voltados para pesquisa e são, na maioria das vezes, remunerados.

Em relação à admissão, os cursos de pós-graduação seguem a mesma divisão da laurea triennale: são divididos em accesso libero e accesso programmato. No caso do doutorado na Itália, o processo seletivo é sempre accesso programmato e a seleção é muito rigorosa, incluindo provas, entrevista e análise de projeto e currículo.

Técnicos e profissionalizantes

Os chamados “corsi di formazione profissionale” podem ser uma ótima opção para quem quer trabalhar em uma profissão que exija esse tipo de qualificação. Na Itália, eles são oferecidos pelos enti regionali (órgãos do governo de cada região) e por agências privadas. Veja alguns dos melhores cursos técnicos e profissionalizantes:

  • Operatore socio sanitário (operador sócio sanitário);
  • Assistente studio odontoiatrico (assistente de dentista);
  • Operatore di magazzino della logistica (operador de armazém logístico);
  • Operaio saldatore (soldador).

Uma das plataformas mais usadas no país para procurar os cursos é a Corsidia, que reúne as principais opções gratuitas e pagas.

Curso de italiano

O italiano é a quarta língua mais estudada do mundo e existem inúmeras instituições no país que oferecem cursos de língua para alunos estrangeiros durante todo o ano. Eles podem ser gratuitos ou pagos, conforme a instituição que está oferecendo o curso.

A forma mais simples de fazer um curso de italiano é escolher um programa oferecido por uma das tantas instituições privadas e especializadas no ensino da língua.

Quanto custa para estudar na Itália?

Para estudar na Itália, uma parte importante do planejamento é o custo. Ao contrário do Brasil, as universidades públicas italianas não são gratuitas.

As taxas anuais, no entanto, variam com a declaração de imposto de renda. Ou seja, quem ganha mais, paga mais. Para as famílias com rendas mais baixas, as universidades cobram somente o valor de uma taxa anual (que gira em torno de 160€ a 180€).

Além disso, cada instituição cobra valores específicos. Confira alguns exemplos dos preços médios em faculdades italianas consultados em janeiro de 2024 nos sites das próprias universidades:

Universidade Valor anual
Università di Pavia De 400€ a 4.500€
Politecnico di Milano De 888,59€ a 3.891,59€
Università di Padova Entre 2.642€ e 3.075€
Università Sapienza De 2.821€ a 2.924€

Já as universidades privadas são mais caras e cobram de 6.000€ a 20.000€ por ano.

Para descobrir uma universidade e curso adequado ao seu bolso, o Universitaly divide as instituições por cursos, níveis de especialização e região. O site também traz informações sobre bolsas, principalmente as que estão disponíveis para todas as universidades.

Custo de vida na Itália para estudantes

Estudar no país envolve um planejamento que, além do curso, deve considerar o custo de vida na Itália, incluindo os gastos com moradia, transporte, alimentação e lazer.

Moradia

Estudando na Itália há algum tempo, posso dizer que os gastos com moradia são muito variáveis, já que eles dependem de muitos fatores: tamanho do apartamento/quarto, cidade de residência, bolsa de estudos, se vai dividir ou não, etc.

Veja os valores estimados para um estudante em Pádua, no norte da Itália:

Acomodação Preço
Quarto privado  450€
Quarto compartilhado  350€
Valor mínimo da residência universitária (quarto compartilhado)  70€
Valor máximo da residência universitária (quarto privado)  370€
Quarto privado em residência privada  620€
Apartamento de 1 quarto no centro da cidade 882€

Em 2023, os preços dos aluguéis italianos aumentaram quase 6% como consequência da inflação. Eu, Giovanna, pagava 420€ por um quarto em Pádua em 2021 e, em 2023, passei a pagar 500€. Em 2024, pago 600€ pelo aluguel de um monolocale (kitnet).

Uma alternativa interessante para enfrentar o aumento dos preços é morar nas residências estudantis da universidade. Normalmente, os estudantes que querem morar nessas acomodações devem passar por uma seleção que irá considerar a renda mensal da família, o mérito (notas e créditos na universidade) e o tipo de quarto. Em Pádua, os valores variam entre 70€ e 370€.

Transporte

O transporte público na Itália funciona da seguinte maneira: você compra um bilhete válido por 90 minutos (cerca de 1,70€) e pode usar todos os meios de transporte públicos da cidade, como bonde, metrô e ônibus.

A boa notícia é que os estudantes têm direito a desconto nos passes mensais e anuais. O passe mensal custa, em média, 35€. Uma alternativa ainda mais conveniente é o passe anual, que custa cerca de 250€/ano.

Alimentação

É claro que você irá aproveitar a maravilhosa gastronomia italiana, não é? Veja os valores médios dos alimentos nos supermercados da Itália, segundo os dados do site Numbeo:

Item Preço
Leite (1 litro) 1,46€
Ovos (dúzia) 3,45€
Filé de frango (1 kg) 10,57€
Batatas (1 kg) 1,55€
Arroz (1 kg) 2,61€

Em média, um estudante gasta entre 150€ e 200€ por mês com alimentação. Porém, uma opção para economizar é frequentar os restaurantes universitários de cada cidade da Itália, onde é possível saborear uma refeição completa por um preço baixo. Em Pádua, a refeição custa 4,70€ e é muito saborosa.

Além disso, os estudantes que possuem uma bolsa de estudos da região em que estudam podem frequentar o restaurante universitário gratuitamente.

Lazer

Um estudante na Itália possui várias opções de lazer, como bares, teatros, cinemas, academias, museus, parques, restaurantes, passeios e muito mais. Assim, esse é um gasto que deve ser incluído no orçamento.

Em média, gastam-se 100€/mês com lazer. Porém, esse é um valor muito variável e irá depender do seu estilo de vida e opções pessoais. Veja os gastos médios com lazer na Itália:

Item Preço
Academia 47€
Aperitivo 8€
Museu 12€
Jantar em restaurante econômico 15€
Gelato (sorvete) 2,70€

Resumo do custo de vida para estudar na Itália

É possível economizar e viver bem ao estudar na Itália. Veja o resumo do custo de vida mensal para um estrangeiro estudante no país:

Item Preço
Moradia (quarto privado) 450€
Transporte (passe mensal) 35€
Alimentação 150€
Lazer 100€
Total 735€

Além dos gastos mencionados, não se esqueça de que você também deverá pagar a anuidade da universidade (caso não tenha uma bolsa de estudos). Normalmente, o pagamento é feito em 4 parcelas.

Também é importante destacar que o custo de vida para estudar na Itália irá variar muito conforme a região em que você está estudando: no norte do país, os gastos serão muito superiores aos de uma pessoa que vive em uma cidade do sul.

Como conseguir bolsa para estudar na Itália?

Para conseguir uma bolsa de estudo na Itália, você precisa se encaixar em alguns pré-requisitos. Algumas instituições oferecem bolsas próprias, que premiam alunos com notas excepcionais, mas grande parte dos descontos é baseada na renda familiar.

Eu, Giovanna, consegui a bolsa Padua International Excellence Scholarship, oferecida pela Universidade de Pádua para estudantes estrangeiros. Como a bolsa é baseada em mérito acadêmico, eu não precisei apresentar nenhum tipo de comprovação financeira. Outras bolsas de mérito na Itália são:

As bolsas que se baseiam em critérios econômicos também podem ser ótimas alternativas, principalmente porque elas são contemplam muito mais alunos do que as de mérito. A Pietra conseguiu a bolsa do EDISU Piemonte, órgão regional responsável pela região em que ela vive. Com a bolsa, ela recebe uma contribuição anual e não paga a anuidade da universidade.

Documentos para bolsa de estudo na Itália
É preciso reunir uma série de documentos financeiros para solicitar uma bolsa de estudos na Itália.

O candidato à bolsa de estudos por renda, porém, deve apresentar o ISEE Università, que servirá de base para calcular o valor das taxas anuais. Para estudantes estrangeiros, os documentos necessários para o ISEE são:

  • Certidão de Nascimento/Passaporte;
  • Declaração de Imposto de Renda do país de origem;
  • Registro de patrimônios no país de origem (escrituras de imóveis ou registros de empresas).

Todos os documentos devem ser originais, com certificações adequadas do órgão emissor, e devem passar por tradução juramentada para o italiano, por um tradutor registrado no Consulado Brasileiro.

O governo italiano, através do Ministero dell’Instruzione, Università e Ricerca (MIUR), também oferece bolsas de estudos, baseadas na renda média familiar. Segundo o site do órgão, os candidatos conseguem auxílio-moradia, ajuda de custo e isenção de taxas universitárias.

Como conseguir a bolsa MAECI para estudar na Itália?

O Ministero degli Affari Esteri e della Cooperazione Internazionale (MAECI), seção do governo italiano responsável por assuntos internacionais, oferece bolsas exclusivas para alunos estrangeiros. As bolsas, que duram de 6 a 9 meses, oferecem aos alunos 900€ ao mês.

Para conseguir a bolsa MAECI, os candidatos devem:

  • Ter interesse em cursos de Laurea Magistrale (Mestrado), alta formação artística (AFAM), Doutorado ou Programa de Pesquisa;
  • Apresentar título de estudos válido, que possibilite a inscrição no curso escolhido;
  • Ter idade inferior a 28 anos (até a data de inscrição);
  • Apresentar certificado de proficiência em italiano nível B2 ou, para cursos ministrados em inglês, proficiência em inglês nível B2.

O edital para a bolsa MAECI é publicado anualmente, e as inscrições devem ser feitas no site do MAECI, respeitando a data limite.

Como funciona o vestibular na Itália?

O vestibular na Itália, ao contrário do Brasil, não é um pré-requisito para a entrada no ensino superior.

Boa parte dos cursos são a numero aperto, ou seja, de livre acesso. Algumas universidades, como Politecnico di Milano e Politecnico di Torino, possuem provas próprias, que são eliminatórias obrigatórias para todos os candidatos interessados em estudar nos politécnicos.

O Acesso Programmato, prova ao nível nacional semelhante ao Enem brasileiro, é um pré-requisito específico de alguns cursos. São eles:

  • Medicina e Cirurgia;
  • Odontologia e Próteses Dentárias;
  • Medicina Veterinária;
  • Arquitetura.

Para esses cursos, é preciso fazer uma prova nacional, aplicada em todo o país. O Acesso Programmato é exigido também nas modalidades em inglês dos cursos de Medicina, Cirurgia, Odontologia e Próteses Dentárias.

Além disso, alguns cursos com accesso libero (sem vestibular) exigem que o candidato apresente a pontuação obtida em uma prova específica: o TOLC. A prova é obrigatória para quem deseja ingressar um curso de graduação que exige uma avaliação dos conhecimentos iniciais antes da matrícula, como o curso de Economia.

O TOLC é oferecido em diferentes modalidades e línguas (inglês e italiano). Assim, o candidato deve fazer o TOLC adequado para o curso que deseja cursar.

Para conhecer mais detalhes sobre o que é preciso para estudar na Itália, veja este vídeo do canal da Verinha Simões, em que ela resume as 4 etapas principais para quem quer estudar no país:

Melhores universidades para estudar na Itália

Na Itália, o Censis (Centro de Estudos e Investimentos Sociais) é o órgão responsável pela classificação das instituições italianas. No ranking das melhores universidades italianas de 2023-2024, as instituições foram divididas em duas categorias: públicas e privadas. Veja a classificação a seguir:

Melhores universidades públicas

Tipo de instituição Nome Cidade e região
De grandíssimo porte Universidade de Bolonha Bolonha, Emília-Romanha
De grande porte Universidade de Pavia Pavia, Lombardia
De médio porte Universidade de Trento Trento, Trentino-Alto Ádige
De pequeno porte Universidade de Camerino Camerino, Marche
Politécnico Politécnico de Milão Milão, Lombardia

Melhores universidades privadas

Tipo de instituição Nome Cidade e região
De grande porte Università Luigi Bocconi Milão, Lombardia
De grande porte Università Cattolica del Sacro Cuore Milão, Lombardia
De médio porte Università Luiss Guido Carli Roma, Lazio
De pequeno porte Libera Università di Bolzano Bolzano, Tirol
De pequeno porte Università Europea di Roma Roma, Lazio

Melhores instituições para curso técnico na Itália

Se você planeja fazer um curso de formazione professionale na Itália, saiba que existem instituições renomadas no país que oferecem esse tipo de programa. Conheça as principais segundo o ranking do Eduscopio, de 2023:

  • Istituto “Tor Carbone” di Roma;
  • Istituto paritario “Safi Elis” di Roma;
  • Istituto “Carlo Porta” di Milano;
  • Centro Studi paritario “Nobel Montalcini” di Napoli.

Melhores instituições para estudar italiano

Na Itália, você irá encontrar uma ampla oferta de cursos de língua italiana. Veja algumas das instituições para estudar italiano a seguir:

  • Università per Stranieri di Perugia;
  • Università per Stranieri di Siena;
  • Università per Stranieri “Dante Alighieri” di Reggio Calabria;
  • Istituto “Il David” di Firenze.

Melhores cidades para estudar na Itália

Escolher uma cidade para estudar na Itália é quase tão importante quanto a decisão do curso e da universidade em si. Afinal, a cidade escolhida irá influir o seu orçamento, as suas oportunidades, a sua experiência e muitos outros fatores.

Uma classificação publicada em 2024 pela Qs World University Rankings incluiu 3 cidades italianas entre as 100 melhores cidades universitárias do mundo. A primeira delas é Milão: com uma oferta imensa de oportunidades de trabalho, a capital da moda possui um alto índice de empregabilidade dos estudantes que escolhem a cidade como lar.

Politécnico de Turim, na Itália
O Politécnico de Turim é uma das universidades mais renomadas da Itália.

O segundo lugar do pódio é de Roma e a escolha da capital italiana foi baseada, sobretudo, nas oportunidades de emprego e na qualidade de vida para os estudantes.

Por fim, Turim também foi incluída na lista. Segundo o Qs, a cidade possui um ótimo custo-benefício: a universidade local é excelente e o custo de vida é econômico, sendo pouco afetado pela inflação.

Cidades mais caras para estudar na Itália

As cidades universitárias mais visadas pelos estudantes são, em geral, as mais caras também. Com o fim da pandemia de Covid-19, a demanda por acomodação estudantil em algumas regiões aumentou quase 30%, afetando o custo de vida dos estudantes.

Conheça as cidades mais caras do país para os estudantes:

  1. Milão, Lombardia;
  2. Bolonha, Emília-Romanha;
  3. Roma, Lazio;
  4. Florença, Toscana;
  5. Pádua; Vêneto.

Cidades mais baratas para estudar na Itália

Outras cidades, por sua vez, foram menos afetas pelo aumento dos preços nos últimos anos. Veja quais são as cidades mais econômicas para estudar na Itália:

  1. Trieste, Friuli Venezia Giulia;
  2. Gênova, Ligúria;
  3. Ancona, Marcas;
  4. Palermo, Sicília;
  5. Catânia, Sicília.

É necessário visto para estudar na Itália?

Sim, o visto para estudar na Itália é obrigatório caso pretenda estudar no país por mais de 90 dias. Assim, se o curso pretendido possuir duração inferior curso há três meses, você está isento de visto!

O visto deve ser feito ainda no Brasil, mediante um pedido no Consulado Italiano, uma vez que o governo não fornece essa documentação para quem já está no país.

Se você possui cidadania italiana ou europeia, no entanto, pode viajar tranquilamente. Cidadãos da União Europeia são livres para estudar, trabalhar e morar legalmente na Itália, sem a necessidade de um Permesso di Soggiorno.

Como estudar e trabalhar na Itália?

Quem quer estudar na Itália costuma se perguntar: é possível trabalhar na Itália ao mesmo tempo? A resposta simples é sim, mas existem algumas regras a serem observadas.

O Permesso di Soggiorno per motivi di studio, o visto de estudante italiano, garante o direito ao trabalho. No entanto, o contrato não pode superar 20 horas semanais. Por isso, não é raro conhecer estudantes estrangeiros que possuem funções de meio período, como garçons, baristas, babás, etc.

No entanto, as universidades italianas costumam ser exaustivas. A carga horária de estudos, o conteúdo dos exames e o nível de exigência de alguns cursos costumam ser altos, o que acaba tomando todo o tempo dos alunos.

Precisa saber italiano para estudar na Itália?

Não é necessário saber italiano para estudar na Itália, mas ajuda.

Muitos cursos são ministrados em inglês, desde a graduação até pós-doutorado. Para esses cursos, você deverá apresentar um certificado de proficiência em inglês nível B2.

É importante lembrar, porém, que não é fácil encontrar pessoas que falam inglês na Itália, principalmente fora de cidades como Roma, Milão e Florença. Para tarefas mais burocráticas, como alugar um apartamento na Itália, é recomendado aprender o básico da língua.

Na opinião da Pietra, dominar o italiano é um grande diferencial que facilita muito a vida dos estudantes:

“Eu já falava italiano e foi um grande diferencial em toda a preparação. Além disso, a comunicação com a faculdade em grande parte é feita em italiano e, quando me mudei efetivamente para Itália, dominar o idioma tornou todo o processo de adaptação muito mais tranquilo.”, ressalta.

Vale a pena estudar na Itália?

No meu caso, Giovanna, valeu muito a pena.

Considerando a qualidade do sistema de educação na Itália e os custos para estudar no país, eu diria que vale a pena. O país da bota possui algumas das universidades mais conceituadas da Europa e oferece um custo de vida menor que países como Inglaterra, Irlanda e Alemanha.

Como estudante da Universidade de Pádua, a minha experiência no país está sendo única. Além de aulas com professores conceituados e a possibilidade de frequentar uma das mais instituições mais antigas do mundo, eu também tenho a possibilidade de viajar pelo país e conhecer paisagens incríveis e lugares históricos.

Para a Pietra, estudar na Itália está sendo uma experiência muito enriquecedora, principalmente por ser uma oportunidade de conviver com estudantes de todo o mundo. Ela ressalta:

“A Itália possui muitas universidades públicas excelentes com reconhecimento internacional e o fato do governo italiano oferecer benefícios como bolsas e isenções de taxas torna o acesso ao ensino de qualidade uma realidade para todos.”

Perguntas frequentes

Ainda tem alguma dúvida sobre estudar na Itália? Reunimos algumas perguntas frequentes dos nossos leitores para serem respondidas aqui.

Como estudar medicina na Itália?

Para estudar medicina na Itália, o aluno deve ser aceito no Acesso Programmato. A prova, elaborada pelo MIUR, é parecida com o vestibular brasileiro: são 60 questões, que abordam matérias do ensino médio e conhecimentos gerais. Você pode encontrar provas antigas no site Accesso Programmato.

Ao se inscrever no vestibular italiano de Medicina, o aluno deve escolher três instituições que oferecem o curso. O ingresso se dará através da pontuação na prova, além da oferta de vagas de cada universidade.

Como regra geral, as universidades italianas são mais focadas na teoria. No curso de Medicina, a prática de residência é reservada aos cursos de especialização.

Como comprovar meios de subsistência para estudantes estrangeiros na Itália?

Estudantes estrangeiros devem apresentar, segundo o ISEE, declaração de imposto de renda, declaração de bens e dados pessoais. Os documentos originais deverão ser apresentados com uma tradução juramentada.

Como estudar italiano de graça na Itália?

Existem várias iniciativas do governo italiano para ensinar o idioma a estrangeiros, além de núcleos de estudos com o mesmo foco nas universidades. 0 Comune di Torino, por exemplo, oferece uma série de recursos, assim como o Comune di Ferrara e o Comune di Milano.

Como validar meus estudos do Brasil para utilizar na Itália?

Já que os títulos internacionais não são reconhecidos na Itália, você deve providenciar uma Dichiarazione di valore in loco, que garante a validade do diploma. Depois, você deverá procurar uma universidade italiana e fazer a equivalência de estudos.

Depois de estudar na Itália, preciso validar o diploma no Brasil?

Sim. Para o diploma italiano ser reconhecido no Brasil, é preciso revalidar o diploma recebido na Itália, que deve ser analisado e reconhecido por uma universidade brasileira.

O processo deve ser encaminhado através do Portal Carolina Bori, criado especialmente para essa finalidade.

Se você ainda tem receio ou não se sente preparado para a mudança, recomendamos a leitura do e-book O Sonho de Morar na Europa, que reúne histórias de brasileiros que decidiram emigrar. Eles compartilham um pouco suas experiências, descobertas e concelhos para quem deseja mudar para o Velho Continente.